Marta Regina Vila Martineli
AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS NA CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
Artigo apresentado ao curso de Especialização em Psicopedagogia como requisito para obtenção do título de especialista.
Orientadora: Dra. Elisabeth Carvalho da Veiga.
RESUMO
Este artigo trata da inserção dos conceitos e aplicação da Teoria das inteligências múltiplas na capacitação de professores de educação especial. A capacitação centrou-se em dois focos: considerações acerca da educação especial, sua contextualização no ensino geral e as necessidades básicas à integração de alunos com necessidades especiais no ambiente escolar e os pilares conceituais da Teoria das Inteligências Múltiplas. A partir daí, foi possível identificar a aplicabilidade de tais princípios nos enredos escolares voltados à educação Especial, sendo preconizada à introdução de tais matérias como suporte ao desenvolvimento e formação de professores atuantes neste segmento educacional. A pesquisa mostrou um grande interesse desses profissionais no conhecimento e aprofundamento da Teoria das Inteligências Múltiplas, como ferramenta necessária a construção de cenários produtivos de ensino especial.
Palavras - chaves: Inteligências Múltiplas; Capacitação; Educação Especial.
1. INTRODUÇÃO
A educação representa um papel de extrema relevância para a formação e estruturação do corpo social e para cada indivíduo em particular, sendo tema complexo e merecedor de destaque em todos os seus aspectos. Nesse sentido, ao levar em conta a complexidade da educação depara-se com especificidades inerentes às mesmas e essencialmente importantes ao seu fazer.
Nesse sentido, a Educação Especial vem despertando estudos e pesquisas no sentido de aprofundar métodos de igualdade e inclusão, em que o aluno com necessidades especiais seja considerado no ambiente escolar como capaz de interagir e de se desenvolver.
No que se refere à formação de professores para atuação junto a alunos com necessidades especiais, inicialmente ressalta-se a importância de conhecimentos que promovam a interação professor-aluno. Além disso, é preciso organizar o trabalho em torno de várias técnicas de ensino como, por exemplo, o estímulo ao desenvolvimento da linguagem ou experiências sociais. Se o enfoque é sobre o ambiente, então o trabalho será organizado em torno das várias modificações de ambiente, tais como as salas especiais, as salas de recursos técnicos e programas de apoio específico. Todos os temas inseridos na formação desse professor devem priorizar o modo de lidar com os alunos sem que haja a segregação/distinção. Ao contrário que promova sua interação junto aos contextos em que vive.
Assim, é possível reconhecer que está em voga um novo olhar sobre a orientação e formação profissional. Em grande parte, isso se deve à teoria das inteligências múltiplas e, sobretudo, das competências, dos códigos da modernidade e a questão das aprendizagens conceituais, factuais e procedimentais.
A teoria das inteligências múltiplas, ao considerar as capacidades e competências individuais demonstra ser uma poderosa ferramenta tanto no autoconhecimento, quanto no desenvolvimento de modelos adequados à gestão de pessoas.
Nessa linha, o artigo tem como objetivo apresentar reflexões acerca da integração dos estudos sobre as inteligências múltiplas na capacitação de professores de educação especial.
Trata-se de matéria atual e de grande interesse tanto do meio acadêmico como da sociedade em geral, daí a justificativa de desenvolvimento deste estudo. Interessa a todos a identificação de melhores e mais adequados processos educacionais que reconheçam as necessidades especiais de determinados alunos sob os ângulos de desenvolvimento e de interação com os diversos segmentos da vida.
Assim, o estudo aborda fatores importantes a serem considerados na educação Especial, como também os princípios da Teoria das Inteligências Múltiplas, culminando com a recomendação de aplicação desta á qualificação profissional de docentes atuantes nessa área.
A educação direcionada para crianças com necessidades especiais tem sido considerada um esforço pedagógico que surge como resposta possível às características especiais de um dado público alvo. Assim, a educação especial, nos dias de hoje, pauta-se na preocupação de oferecer alternativas de atendimento a alunos COM necessidades especiais, cumprindo a função ideológica de formar socialmente uma representação da reparação das fraquezas e limitações sociais e humanas.
O reconhecimento e conquista de espaços na sociedade para aqueles que estão às margens do ‘padrão de normalidade’ em vigor são eventos recentes. Na educação, o modelo médico-escolar durante décadas orientou critérios de avaliação que aferia a ‘normalidade’ do aluno e o seu grau de inteligência em relação aos demais indivíduos da mesma faixa etária. Nesse modelo, era enfocada a capacidade individual do aluno dentro de um vácuo social que abstraia os diversos fatores interferentes, tais como as questões socioculturais, problemas emocionais, traumas e outros que dificultavam o processo de aprendizado do mesmo.
Sternberg e Grigorenko (2003b) revelam que durante muito tempo predominou o paradigma custodial ou assistencialística para o atendimento dos indivíduos com necessidades educacionais especiais. Baseado em concepções médicas, a deficiência era vista como uma doença crônica e sujeito com necessidades especiais como um ser inválido e incapaz, que pouco poderia contribuir para a sociedade, devendo ser cuidado pela família ou instituições, sendo, portanto, segregado do resto da população.
Com a criação de escolas especiais e a implantação de classes especiais em Escolas Públicas Regulares, a Educação Especial começou a firmar-se enquanto área específica de atuação, segundo Glat (1998). A Educação Especial também se tornou um campo de saber autônomo, com o desenvolvimento de métodos e recursos pedagógicos especiais e a formação de profissionais em diversos níveis na maioria dos países. De acordo com o autor: (...) passou-se a enfatizar não mais a deficiência intrínseca do indivíduo, mas sim a falha do meio (escola, clínica, família) em proporcionar condições adequadas que promovam a aprendizagem e o desenvolvimento. (GLAT, 1998, p. 11)
A partir do momento em que foram tomadas medidas que possibilitam aos portadores de necessidades especiais meios de superarem suas desvantagens naturais e se inserirem de forma verdadeira no meio social do qual fazem parte, deixou de haver razão para que eles continuassem segregados da sociedade.
A escola precisa se remodelar para oferecer idêntico atendimento tanto aos portadores de necessidades especiais quanto aos demais alunos. O respeito às diferenças culturais, sociais e individuais faz parte do conceito de inclusão escolar, que precisa rejeitar os obstáculos à aprendizagem e buscar a inserção na comunidade escolar do aluno portador de deficiência.
Veiga e Garcia (2006) insistem que as necessidades especiais de cada aluno teriam de ser incluídas entre as necessidades educacionais comuns, típicas de todos os indivíduos, de modo que a criança com necessidades especiais se adaptaria progressivamente ao meio cultural em que vive. Esse processo de integração entre crianças ‘normais’ e com necessidades educacionais específicas no contexto escolar acaba extrapolando as salas de aula, pois contribui para que progressivamente o paradigma da estigmatizem e segregação seja desmantelada, instaurando em seu lugar o ideal da inclusão e da cidadania para todos.
Segundo Scliar (1997), é comum que nas instituições voltadas ao ensino especial, não seja exigido o cumprimento de objetivos pré-fixados, ou que se preste contas quanto à eficiência, à eficácia e à efetividade de seus serviços, ou processos de avaliação quanto à qualidade, quer do trabalho prestado, quer do processo de aprendizagem dos alunos. Isso faz com que tenham menor importância e significação social, tanto a instituição educacional quanto aqueles que apresentem necessidades educacionais especiais.
Também é freqüente, ainda segundo Scliar (1997), que dos professores envolvidos na educação ‘especial’, não se exijam processos de reciclagem pedagógica permanente, nem um compromisso político firmado com a apropriação dos saberes socialmente produzidos; ainda que percebam gratificações para o exercício de sua atividade nesse campo. Desta forma, compromete-se a noção de educação integral para a formação de cidadania.
Glat (1998) irá pontuar que a existência histórica de serviços educacionais especiais não significa necessariamente que a via comum de ensino não possa atender às necessidades individuais do aluno com necessidades especiais. Para tanto, basta que as escolas se apropriem da utilização de meios específicos, a fim de alcançar os objetivos que a sociedade lhes impõe.
O modelo pedagógico próprio da Educação Especial propõe que as crianças com algum tipo de necessidade educacional especial necessitam de atendimento em clínicas com metodologia e instrumentos específicos adequados às suas necessidades. Alguns profissionais da educação — professores, psicopedagogos, psicólogos, pedagogos, etc. — Argumentam que esse modelo pedagógico perpetua uma prática segregacionista, propondo que a as crianças com necessidades especiais sejam integradas nos diversos âmbitos do convívio social, sendo esse o objetivo da educação inclusiva (STERNBERG e GRIGORENKO, 2003)
Quaisquer intervenções junto à criança COM necessidade especial devem visar a sua integração com o meio social, enfim, sua socialização. É somente a partir da interação com o outro, com as outras crianças, com ou sem necessidade especial, que a criança se conhecerá melhor, aprenderá a reconhecer as diferenças individuais, a respeitar e a se respeitar e terá uma motivação a mais para buscar romper suas limitações.
Uma criança com necessidades especiais quando convive com outras crianças torna-se apenas uma criança em desenvolvimento — mesmo que em atraso de maturação — pois as crianças possuem um senso de cooperação entre si que se reflete no ambiente escolar.
As necessidades educacionais individuais dos alunos com necessidades especiais requerem uma série de recursos e apoios de caráter mais especializado. Existem necessidades educacionais que justificam as alterações do contexto escolar, onde o aluno se desenvolve e aprende. Desta forma, há a necessidade de transformação de muitas das práticas educativas, tais como alterações na organização da sala de aula e também a atenção a aspectos afetivos ou emocionais na recepção deste aluno, para que ele se sinta adaptado e aceito pela comunidade escolar (BEYER, 2004).
Da mesma forma, o preparo do professor responsável pela educação desses alunos necessita de aparatos e atenções especiais, principalmente, pelo que preconiza Beyer (2004). O autor acredita que as necessidades educacionais especiais podem ser não pela origem do problema, isto é, pela deficiência do indivíduo, mas pelo tipo de resposta educativa, pelo tipo de metodologia utilizada pelos professores — normalmente, oriundo da formação profissional não apropriada.
De acordo com Campbell et al (2000), uma escola com um projeto político-pedagógico inclusivo é aquela em que são privilegiados aspectos relevantes como a criação de parcerias e distribuição de responsabilidades entre professores e toda equipe técnica da escola. Os professores tornam-se mais próximos dos alunos, na captação das suas maiores dificuldades. O suporte aos professores da classe comum é essencial, para o bom andamento do processo de ensino-aprendizagem.
Campbell et al (2000) esclarecem que os professores raramente são treinados para lidar com crianças excepcionais, sendo que algumas vezes não sabem reagir do ponto de vista emocional. No entanto, importantes iniciativas têm sido tomadas, no sentido de adaptar a escola às necessidades da educação especial, sobretudo, em relação à qualificação profissional.
Programas de treinamento têm levado aos professores informações e diretrizes, no sentido de estimular uma maior variedade de atividades e o oferecimento de alguma atenção às crianças com necessidades especiais. Nesse sentido, a criação de programas de treinamento de habilitação técnico-pedagógico para professores e outros profissionais envolvidos na educação especial deve levar em conta práticas hoje em dia amplamente difundidas tanto no meio escolar como empresarial.
Nessa linha, a Teoria das Inteligências Múltiplas têm muito a oferecer á formação profissional de professores envolvidos com a prática da educação Especial. Tal Teoria preconiza conceitos de desenvolvimento de Talentos e Potencias, a partir principalmente da interação com o meio (ARMSTRONG, 2001).
Ainda nos dias de hoje são muitos os estudos e pesquisas acerca da inteligência. A grande maioria dos estudos considera a inteligência como uma capacidade inata, não adquirida, ou seja, que nasce com o homem. Outras a tratam como habilidade desenvolvida, aprimorada através da aprendizagem. E, ainda, outras correntes de estudos a interpretam como sendo a conjugação de ambos os fatores, isto é, inata e, consecutivamente, desenvolvida através da aprendizagem.
Para a Teoria das Inteligências Múltiplas, desenvolvida no início dos anos 80 do século XX por Gardner (1995a), a inteligência parte de um conceito de capacidade inata, geral e única, que permite aos indivíduos uma performance, maior ou menor, em qualquer área de atuação.
O autor busca a redefinição da inteligência mediante a habilidade para resolver questões/problemas. Estudando o repertório de habilidades envolvido em determinadas situações na busca de soluções Gardner (1995a) buscou identificar quais inteligências originavam essas soluções. O princípio desses estudos considera a existência de habilidades para lidar com símbolos lingüísticos, numéricos gestuais ou outros.
Nessa linha, de acordo com Gardner (1995b), o desenvolvimento cognitivo está diretamente relacionado à capacidade de compreender e explicar sistemas simbólicos existentes em um contexto cultural. E, assim, cada segmento ou área tem um grupo simbólico específico, que se caracteriza pelo desenvolvimento de competências reconhecidas e valorizadas em culturas próprias. Portanto, segundo essa abordagem, no lugar de uma faculdade mental geral, como, por exemplo, a memória, pode ser encontrada capacidades e maneiras de perceber e aprender.
Assim, considerando desde a manifestação propriamente dita até a sua área no cérebro, Gardner (1996a) identificou, inicialmente, oito inteligências: lingüística, lógico-matemática, espacial, musical, corporal-cinestésica, interpessoal, intrapessoal e Naturalista.
Na Inteligência Lingüística destaca-se as habilidades no uso da linguagem para convencer, persuadir, agradar, incentivar, estimular, transmitir idéias entre outras qualidades, sendo aqui compreendida tanto a semântica, quanto à sintaxe.
A inteligência lingüística parte de uma sensibilidade maior para sons, ritmos e significados das palavras. Pode ser manifestada escrita ou verbalmente. Trata-se de uma habilidade, segundo Gardner (2000), exibida largamente pelos poetas. Pode, também, ser identificadas em oradores, vendedores, profissionais de marketing, do ramo publicitário etc. Vale registrar, como exemplo, que essa habilidade pode ser encontrada na criança que conta histórias criativas e originais.
Quanto a Inteligência Lógico-Matemática, É Uma inteligência voltada à exploração de categorias, padrões, associações por intermédio da manipulação de objetos ou símbolos. Trata-se, portanto, de uma sensibilidade voltada à ordenação e sistematização. A solução de problemas é vivenciada através de atividades de controle de dados ou por meio de uma série de raciocínios. Geralmente presente em matemáticos e cientistas. No entanto, vale conferir a observação de GarDner a respeito:
(...) embora o talento científico e o talento matemático possam estar presentes num mesmo indivíduo, os motivos que movem as ações dos cientistas e dos matemáticos não são os mesmos. Enquanto os matemáticos desejam criar um mundo abstrato consistente, os cientistas pretendem explicar a natureza (p.119).
No caso de crianças, observa-se a presença dessa competência quando essa revela facilidade em contas e cálculos matemáticos.
A Inteligência Espacial é a capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa. Portanto, arquiteto, cirurgiões, pilotos podem empregar essa competência, trazendo essa percepção para a orientação entre objetos, traços e características de um determinado espaço.
Vale, ainda, acrescenta que com essa habilidade, manipulam-se objetos mentalmente, podendo, também, estar presente em artistas plásticos, por exemplo. Já nas crianças, face à atenção despertada em detalhes visuais, observa-se a presença dessa habilidade quando do interesse e execução com habilidade na montagem de jogos como quebra-cabeças.
Com a Inteligência Musical, a pessoa lida com o som de modo criativo. É uma habilidade que se manifesta na apreciação, composição e execução de peças musicais. Evidentemente, existem muitos artistas músicos com essa competência, geralmente, aprendem por ouvido, antes mesmo de conhecerem as teorias. As crianças com ênfase nessa inteligência geralmente cantam sozinhas e têm muita facilidade para perceber diferentes tipos de sons.
Na Inteligência Cinestésica, o corpo ou uma parte dele é empregado na solução de problemas. É uma habilidade, por exemplo, encontrada em desportistas, dançarinos, malabaristas. Na criança com essa habilidade desenvolvida observa-se o movimento gracioso, na maioria das vezes associado a sons musicais ou verbais.
A Inteligência Interpessoal é uma inteligência que atua diretamente no equilíbrio das relações. Gardner (1996a) informa que se trata de uma habilidade que pode ser definida como a capacidade para entender e responder adequadamente a humores, temperamentos motivações e desejos de outras pessoas.
Trata-se, portanto, de uma competência encontrada, geralmente em professores, psicólogos, terapeutas em geral, entre outros. Nas crianças está presente quando essas têm facilidade para identificar o sentimento ou uma determinada intenção de uma pessoa, reagindo a partir dessa percepção. Assim, o espírito de liderança, características básicas de um perfil de líder revelam aspectos dessa inteligência.
Com a Inteligência Intrapessoal, pode-se dizer que a pessoa tem acesso ao seu próprio interior, ou seja, tem desenvolvido o senso de autoconhecimento. Assim, com essa habilidade a pessoa usa seus conceitos, desejos e etc. Na resolução de situações-problema.
Pode-se, ainda, afirmar que essa competência responde pela capacidade de formar uma imagem precisa de si própria. Gardner (1995a) esclarece que como essa competência é bastante pessoal, somente pode ser observada por meio dos sistemas simbólicos das outras inteligências.
A Inteligência Espacial, Essa pode ser compreendida como a habilidade para transmitir pelo desenho situações reais ou mentais. Com essa inteligência o homem tem facilidade de organização de elementos visuais de modo harmonioso, considerando, inclusive, o design e a estética. Esta pode ser observada em pintores, desenhistas, ilustradores, artistas plásticos e outros.
Quanto a Inteligência Naturalista, ela permite o reconhecimento e a categorização dos objetos naturais, a flora e a fauna, fazer distinções coerentes no mundo natural e usar esta capacidade de maneira produtiva. Adicionar recentemente à lista das inteligências múltiplas é a habilidade de identificar e classificar padrões da natureza. É percebida pela atração pelo mundo natural e pela sensibilidade em relação a ele. È a inteligência dos envolvidos em causas ecológicas, como os ambientalistas, espiritualistas e artistas naturalistas.
As inteligências definidas por Gardner (1995a), embora algumas profissões demonstrem a tendência a uma determinada inteligência, na prática o dia-a-dia do profissional revela que existe a necessidade de uma conjugação de inteligências.
Essas inteligências ou, competências intelectuais existem, de certa forma, de maneira independente, porém sem funcionar isoladamente, com processos cognitivos próprios. Cada pessoa tem um grau variado de cada uma delas, com combinações e organizações próprias.
Gardner (1995b) afirma que todo ser humano tem a habilidade de questionar e procurar respostas usando todas as inteligências, o desenvolvimento de cada uma delas depende tanto de fatores genéticos como de condições ambientais. Assim, a evolução de estudos organiza um novo esquema explicativo dessas inteligências, associando, principalmente, as habilidades inter e intrapessoal na formação da inteligência emocional abordada por Goleman (1998), que revolucionou conceitos ao afirmar que o QI (Quoeficiente de Inteligência) de uma pessoa não é garantia de sucesso e felicidade. Adotando pesquisas cerebrais e comportamentais, o autor procurou explicar porque pessoas de QI alto fracassam e outras, cujo quociente é mais modesto, revelam sucesso.
Dessa forma, esse pesquisador também coloca em dúvida a questão da genética da inteligência. Para ele inteligência está totalmente relacionada à maneira como o homem negocia suas emoções: A inteligência emocional seria esta capacidade de autoconsciência, controle de impulsos, persistência, empatia e habilidade social. (GOLEMAN, 1998, p. 223).
Os estudos desse autor baseiam-se no funcionamento do cérebro, demonstrando que essa inteligência emocional pode ser fortalecida em todos. Isso, portanto, revolucionou a área de gestão e valorização do ser humano.
O autor fala em QE (Quoeficiente Emocional) ao invés de QI, afirmando que esse sim pode e deve ser desenvolvido:
A inteligência emocional caracteriza a maneira como as pessoas lidam com suas emoções e com as das pessoas ao seu redor. Isto implica autoconsciência, motivação, persistência, empatia e entendimento e características sociais como persuasão, cooperação, negociações e liderança. Esta é uma maneira alternativa de ser esperto, não em termos de QI, mas em termos de qualidades humanas do coração (p.224).
Goleman (1998) considera dois tipos diferentes de inteligência: racional e emocional. O intelecto não pode dar o melhor de si sem a inteligência emocional – ambos são parceiros integrais na vida mental (p. 224). Isso significa ser importante entender o que realmente quer dizer usar inteligentemente a emoção.
Na maioria das vezes, em todo o mundo, a formação escolar, segundo Goleman (1998) não oferece preparo para o cotidiano, suas oportunidades e dificuldades. Para ele, o desenvolvimento da inteligência emocional visa exatamente esse preparo e equilíbrio.
Observa-se que, a partir da definição de inteligência como várias habilidades para resolver problemas ou criar alternativas (GARDNER, 1996b), é possível reconhecer a aplicação destes princípios em vários segmentos da vida moderna. Potenciais e talentos podem ser desenvolvidos através de estímulos do próprio ambiente, sendo fundamental o aproveitamento das habilidades individuais. Assim, pode ser reconhecida a relação entre as inteligências múltiplas com o meio escolar.
2. METODOLOGIA
Participaram da pesquisa 9 (nove) professores atuantes no ensino de educação especial de uma escola de Educação Especial da cidade de Rosário do Ivaí.
A metodologia usada na elaboração do estudo foi a de uma pesquisa investigativa bibliográfica, sendo que na primeira parte do trabalho foi efetuado o levantamento da moderna literatura disponível sobre o assunto, a partir de visitas a bibliotecas, livrarias especializadas e páginas da Web. Essa revisão de literatura sobre o assunto deu particular ênfase aos conceitos relacionados à Teoria das Inteligências Múltiplas e à qualificação do professor atuante com alunos portadores de necessidades especiais.
A revisão de literatura realizada teve por objetivo inicial coletar dados e informações acerca do tema, visando a compor um ‘estado atual da questão’ que norteasse o desenvolvimento posterior do estudo. Logo após, foram escolhidos os autores cujos posicionamentos teóricos apresentam-se mais pertinentes e adequados ao objetivo proposto para o estudo.
Para maior aprofundamento do assunto, foi desenvolvida uma pesquisa de campo, com professores atuantes em Educação Especial, onde foi aplicado um questionário específico sobre o assunto, a fim de identificar experiências e pareceres a respeito desta Teoria das Inteligências Múltiplas.
Após a aplicação dos questionários foi elaborado um programa de intervenção que iniciou com uma reunião de apresentação do tema e das propostas de estudos junto aos docentes.
Em seguida, foram realizadas, pela autora do presente artigo três palestras com duração de duas horas cada uma delas sobre o tema: As oito inteligências.
A partir daí, duas dinâmicas grupais foram promovidas com os mesmos professores procurando apurar seus entendimentos sobre o assunto, bem como suas experiências. Para tanto, a primeira dinâmica foi realizada considerando a distribuição entre os participantes de um questionário. Os participantes foram orientados a responder as questões com o maior número de informações possíveis, sendo facultada a inclusão de dados não solicitados, mas que poderiam enriquecer o relato de cada um.
A dinâmica seguinte considerou as respostas fornecidas pelos professores e abriu em discussão a matéria. Experiências puderam ser compartilhadas, bem como algumas dúvidas esclarecidas. Dessa forma, pretendeu-se o resgate do conhecimento por meio do levantamento da experiência de cada um, considerando as informações fornecidas por ocasião das palestras.
3. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Os resultados estão sendo apresentados de forma descritiva, com a transcrição de comentários dos professores participantes da pesquisa. Para melhor compreensão do trabalho, as respostas estão sendo relacionadas a partir de cada item constante do questionário.
Questão 1:
a) Quanto tempo você trabalha como professor?
„o 5 participantes atuam como professores há mais de cinco anos
„o 2 professores possuem tempo de serviço superior a dez anos
„o 2 professores atuam como tal em tempo inferior a cinco anos.
b) Qual segmento escolar se especializou?
Todos atuam no segmento do ensino fundamental
Questão 2:
a) Você já trabalhou ou trabalha com educação especial?
Todos os respondentes possuem experiência com Educação Especial
b) Caso sua resposta seja positiva, informe se procura seguir algum método especifico.
A maioria dos respondentes tem por coincidência o atendimento atendem a classes regulares com algum aluno com necessidades especiais integrado. Aqueles que atendem mais de dois alunos nessa condição têm classes especiais onde normalmente são agrupados alunos com características parecidas. Busca-se a inserção dos alunos com necessidades especiais na sua comunidade. Nesse sentido, os professores respondentes estão deixando de lado o regime de exclusão, buscando a integração desses alunos em turmas regulares. Considera-se que convívio com outras crianças é positivo para os alunos com necessidades especiais.
Questão 3:
Anteriormente aos nossos encontros e debates você já havia estudado algo sobre a teoria de inteligências múltiplas?
Apenas um professor já havia estudado sobre a Teoria de Inteligências Múltiplas. Os demais, embora já tivessem ouvido sobre o assunto, ainda não tinham se dedicado ao seu entendimento e assimilação.
Questão 4:
A partir de nossas discussões, você consegue perceber as funções dessa teoria na prática? Explique sua resposta.
Todos os professores manifestaram-se positivamente. São trechos das respectivas respostas:
Professor 1:
No composto das inteligências múltiplas você até pode entender que uma pessoa possua em diferentes níveis todas essas inteligências, havendo uma tendência mais forte para uma ou outra. Mas, em se tratando de enfocar especificamente o tema, analisando-se cada inteligência, é fácil observar que estas são desenvolvidas também em função do contexto de experiência da criança, sua condição de vida, seus estímulos e etc. Logo, sua relação com a prática fica muito evidente.
Professor 2:
Como primeira resposta, lembro-me daquele aluno que cantarola enquanto responde as questões de uma prova. Penso que tenha desenvolvido uma inteligência musical. É muito fácil confrontar a teoria com a prática.
Professor 3:
Considerando o tempo que tenho de magistério, é quase automático reconhecer a tendência de um aluno. Este pode gostar mais de um assunto do que de outro. Este fato pode evidenciar o desenvolvimento em potencial de uma das Inteligências.
Professor 4:
Percebo claramente as tendências dos alunos e a Teoria das Inteligências Múltiplas. Observe-se, por exemplo, aquele aluno interessado em música, que quer participar de festivais, que entra para o coral ou banda da escola. Sua inteligência musical está mais aguçada.
Professor 5:
Existem alguns alunos que têm muita facilidade de trabalhar com números. Rapidamente respondem com lógica e mostram habilidade para tal. Creio que estes tenham desenvolvido a inteligência lógico-matemática.
Professor 6:
Um exemplo seria o aluno voltado para esportes. Creio que tenha uma tendência a desenvolver a inteligência cinestésica.
Professor 7:
Aqueles alunos que facilmente se integram nos grupos, que têm muita habilidade em lidar com o outro. Certamente, tem uma inteligência interpessoal mais desenvolvida.
Professor 8:
Observam-se algumas características bem peculiares entre os alunos, alguns têm capacidade de interagir com o outro, outros tendem a ser líderes, outros procuram participar em determinadas tarefas. Penso que tudo isto esteja de fato relacionado à Teoria das Inteligências Múltiplas.
Professor 9:
Acredito que a Teoria das Inteligências Múltiplas seja um grande alicerce ao desenvolvimento e estímulo de determinadas características nos alunos. Com certeza, seu estudo favorece a ampliação de nossas percepções como professores.
Questão 5:
Dentre as explicações sobre as inteligências lingüística; lógico-matemática; espacial; musical; cinestésica; interpessoal, intrapessoal e naturalista, qual lhe chamou mais a atenção? Por quê?
Quatro professores destacaram a explicação da inteligência musical, fazendo referência a alunos que conheciam que estudavam ouvindo música e que isso lhes facilitava de alguma forma o processo de aprendizagem. Também exemplificaram casos de alunos interessados em participar de grupos musicais promovidos pela escola ou formados por colegas de turma.
Três professores fizeram referência a inteligência lógico-matemática comentando sobre a habilidade lógica de alunos que acabam se destacando nas turmas.
Dois professores observaram a capacidade de relacionamento interpessoal de alguns alunos, atribuindo-lhes à habilidade da inteligência interpessoal. Por essa razão apontaram essa inteligência como a que mais lhe chamou a atenção
Questão 6
Relate uma experiência sua em sala de aula que possa estar relacionada ao estudo das inteligências múltiplas.
As respostas oferecidas nas questões anteriores, de certa forma, já fazem referências a experiências vivenciadas em sala de aula compatíveis com a abordagem da Teoria de Inteligências Múltiplas. Contudo, a seguir, encontram-se destacadas partes dos trechos de respostas dos professores sinalizando mais precisamente a vivência de cada um deles.
Professor 1:
Em um exercício em sala de aula, em que as crianças precisavam nomear figuras em ordem alfabética para a construção de um pomar, destacou-se um aluno com a habilidade imediata de ordenar verbalmente frutas. Aparentemente, posso crer que se trate de uma influência da inteligência lingüística.
Professor 2:
Lembro-me especificamente de um aluno com problemas de aprendizagem, mas com grande habilidade em jogos desportivos. Tinha grande participação nas aulas de educação física e se mostrava muito interessado em interar equipes em competições. Estava clara sua capacidade cinestésica, compatível com a descrição da respectiva inteligência. De um modo geral, seu desempenho escolar acabou favorecido pelo estímulo ao seu desenvolvimento em atividades esportivas.
Professor 3:
Já tive vários alunos com habilidades musicais, inclusive, para tocar instrumentos. Em algumas situações observei que associar música, ao contexto de ensino favorecia a compreensão dos mesmos.
Professor 4:
Tinha um aluno que respondia as questões matemáticas antes que a turma pudesse compreender do que estávamos falando. Tinha muita facilidade com números. Evidentemente, sua inteligência lógico-matemática era bem potencializada.
Professor 5:
A inteligência musical me chama muito a atenção, porque já tive vários alunos que cantarolavam durante a aula e eram excelentes em termos de aprendizagem. Tive aluno, inclusive, que na elaboração de uma redação criou a letra de uma música.
Professor 6:
No dia a dia em sala de aula observam-se alguns alunos que têm habilidades variadas, mas um determinado aluno me chamava a atenção, especialmente, porque com a moda do rap, sempre procura responder aos questionamentos com um texto cantado, como se estivesse compondo um rap. Acredito que sua inteligência musical prevaleça.
Professor 7:
Muitos alunos diferenciam-se pela interação com o outro. Creio que estes desenvolvam melhor a inteligência interpessoal. Em sala de aula inclusive já observei que alguns são considerados como centro de atenção da turma, que acaba sempre por se importar por suas opiniões. Também, observo que alguns alunos têm facilidade de colocar suas opiniões e defendê-las, assim como são rápidos em identificarem-se frente a qualquer situação, por certo caracterizam-se por destacar suas inteligências intrapessoal.
Professor 9:
Em um jogo de figuras do tipo quebra-cabeças, um aluno chamou muito a minha atenção, porque resolveu a questão em cerca de um terço do tempo previsto. Não só a minha atenção, mas de toda a turma, que ainda pretendia alcançar o resultado, quando ele em voz alta dirigiu-se a todos informando a ordem de encaixe das peças. Provavelmente, sua inteligência espacial prevaleceu.
Questão 7:
Em que sentido o conhecimento sobre as inteligências múltiplas pode interferir seu trabalho de docente?
Todos foram unânimes em reconhecer a facilidade de interação com o aluno, além de favorecer o reconhecimento de suas tendências e potencialidades. A elaboração de exercícios e jogos, nesse sentido, pode ajudar sobremaneira não só a educação regular como também a relativa aos alunos com necessidades especiais.
Questão 8:
Sugira uma forma de emprego das inteligências múltiplas em seu cotidiano escolar.
As respostas apresentadas no item anterior já apontaram para exemplos de emprego da Teoria das Inteligências Múltiplas no cotidiano de aula. Todos os respondentes fizeram referências a jogos e exercícios para assimilação e reforço de conceitos.
Da mesma forma, todos os professores sinalizaram a possibilidade de identificação de habilidade ou facilidade de alunos com necessidades especiais de modo a estimulá-las a favor do desenvolvimento de outras aprendizagens.
Questão 9:
Você acredita que as inteligências como competências intelectuais são independentes e têm desenvolvimento isolado ou acredita que todas interagem e desenvolvem-se da mesma forma? Por que você pensa assim?
Todos, mais uma vez, foram unânimes na interpretação de que todas as inteligências são passíveis de serem desenvolvidas em conjunto. Reconhecem, contudo, que esta interação das diversas inteligências pode culminar no desenvolvimento de uma mais do que da outra. Mas, não acreditam que somente uma ou duas sejam desenvolvidas. Pensam que todas, embora possam ter níveis distintos de desenvolvimento, apresentem potencialidades que podem ser aproveitadas. Tal questão é reforçada no caso da educação especial, em que todos os professores respondentes entendem que a contribuição da Teoria ora apresentada é de grande valia. Nesta linha, devem os responsáveis pela educação destas crianças procurar conhecer as tendências das mesmas, para então incentivá-las em prol da aprendizagem como um todo.
Questão 10:
Acrescente as informações que julgar necessário.
Todos os professores reconheceram a importância do tema, agradeceram a oportunidade e apresentaram sugestões quanto á disseminação do assunto no meio educacional, com propostas para a realização de cursos específicos, bem como produção de material, encontros ou palestras a respeito.
Ao analisar os resultados deste trabalho, os professores envolvidos apontaram para a necessidade de motivar e desenvolver suas habilidades atrvés de observações puderam entender melhor cada um dentro de suas particularidades.Considerando que cada ser humano tem uma forma diferente de aprender, cada um apresenta sua inteligência por meios diferentes.
Através destes estudos de pesquisa aprenderam o quanto é importante descobrir seus pontos fortes, alcançando seus objetivos através de novos caminhos escolares, tornando a aprendizagem um verdadeiro desenvolvimento de habilidades. È dever de todos educadores identificar os pontos fortes e fracos de seus educandos, observando o que mais precisa de ajuda, observando também os criativos e talentosos que mais se destacam. Tendo como dever estudar suas aulas e preparar materiais por caminhos alternativos, para que todos os educandos se sintam bem e atinjam os objetivos pretendidos.
A teoria de Gardner quando utilizada em sala de aula pelo professor, poderá levar o aluno além de suas próprias limitações. Conhecendo o processo das múltiplas inteligências, o professor terá possibilidade de investigar a habilidade que se destaca no aluno e a partir daí caminhar para o estímulo de novas aprendizagens. Portanto, para que esse trabalho seja realmente efetivado é preciso que o professor tenha um conhecimento bastante aprofundado das teorias das Inteligências Múltiplas, para não correr o risco de banalizá-la no campo educacional, ficando apenas em experimentos isolados e meramente circunstancias com resultados minimamente reduzidos.
No caso da escola de Educação Especial e ou alunos especiais dentro das escolas do ensino comum, a teoria das Inteligências Múltiplas é muito importante diante das dificuldades apresentadas pelos alunos em uma ou mais disciplinas. Porém a viabilidade de sua aplicação está na sala de aula, onde o professor tem a disponibilidade para trabalhar através de investigações e descobertas de suas habilidades individuais. Para que pode-se obter um resultado positivo é necessário que o professor tenha conhecimento teórico, de forma mais consistente, conquistas de tempo disponível para aprofundamento; Turmas com no máximo 10 alunos para facilitar o trabalho individualizado e com maior proximidade professor-aluno e também entre os pares para uma discussão e análise mais profunda de cada caso, para que o professor possa melhor intervir.
4. CONCLUSÃO
A pesquisa realizada junto aos professores que possuem experiência em sala de aula com crianças que possuem alguma necessidade especial, MOSTROU o grande interesse desses profissionais no conhecimento e aprofundamento do assunto, como ferramenta necessária a construção de cenários produtivos de ensino. Nessa linha, é válido afirmar que os participantes da pesquisa acenaram com a possibilidade deste assunto integrar de fato a pauta de qualificação dos profissionais atuantes nesta área. O grande benefício seria a facilidade de adequar a forma de transmitir assuntos em aulas para a aprendizagem. Na verdade, independente da matéria relativa ao assunto, o professor pode prepara o conteúdo de modo a planejá-lo a partir das facilidades percebidas no entendimento dos alunos.
É preciso romper com modelos convencionais e prontos que determinam técnicas já determinadas de ensino e aprendizagem para de fato perceber necessidades e identificar facilidades e habilidades. A partir daí, a transmissão de um conteúdo poderá acontecer por meio de uma forma própria e exclusiva, construída para uma turma de alunos, em que suas habilidades foram identificadas, favorecendo, assim, o processo de aprendizagem.
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QUESTIONÁRIO
Trata-se da realização de uma pesquisa sobre o conhecimento, assimilação e emprego na prática das inteligências múltiplas. Sua experiência será muito valiosa para o trabalho que está sendo desenvolvido, por esse motivo contamos com a sua participação, respondendo as questões a seguir com detalhes.
Agradecemos, desde já, sua atenção. E garantimos sigilo.
QUESTÕES
1. Quanto tempo você trabalha como professor? Qual segmento escolar se especializou?
2. Você já trabalhou ou trabalha com educação especial? Caso sua resposta seja positiva, informe se procura seguir algum método específico.
3. Anteriormente aos nossos encontros e debates você já havia estudado algo sobre a teoria de inteligências múltiplas?
4. A partir de nossas discussões, você consegue perceber as funções dessa teoria na prática? Explique sua resposta.
5. Dentre as explicações sobre as inteligências lingüística; lógico-matemática; espacial; musical; cinestésica; interpessoal, intrapessoal e naturalista, qual lhe chamou mais a atenção? Por que?
6. Relate uma experiência sua em sala de aula que possa estar relacionada ao estudo das inteligências múltiplas.
9. Você acredita que as inteligências como competências intelectuais são independentes e têm desenvolvimento isolado ou acredito que todas interagem e desenvolvem-se da mesma forma? Por que você pensa assim?
10. Acrescente as informações que julgar necessário
Especialista em Psicopedagogia: Marta Regina Vila Martineli